domingo, 17 de janeiro de 2016

Opinião: Prometo Falhar de Pedro Chagas Freitas

Foto de The Lonely Tree

Pedro Chagas Freitas | 390 p. 


Sinopse: “Prometo Falhar” é um livro de amor.
O amor dos amantes, o amor dos amigos, o amor da mãe pelo filho, do filho pela mãe, pelo pai, o amor que abala, que toca, que arrebata, que emociona, que descobre e encobre, que fere e cura, que prende e liberta.
O amor.
No seu estilo intimista, quase que sussurrado ao ouvido, Pedro Chagas Freitas leva o leitor aos estratos mais profundos do que sente. E promete não deixar pedra sobre pedra.
Mergulhe de cabeça numa obra que mostra sem margem para equívocos porque é que é possível sair ileso de tudo. Menos do amor.

(Para aceder à fonte ou obter mais informações clicar AQUI)



Como já vos disse no post da wishlist, já há algum tempo que estava muito curiosa para ler um livro do Pedro Chagas Freitas, pois sigo a sua página no facebook e confesso que os seus textos muitas vezes paravam o meu scroling. Sempre o achei um romântico do novo século, não só pela natureza dos seus textos, mas também pela força das suas palavras e, por isso, ler um dos seus livros no integral estava definitivamente na minha lista de coisas a fazer neste novo ano.

Prometo Falhar é um livro que nos leva ao fundo da nossa existência em busca de respostas do significado do verbo, muitas vezes mal praticado, amar. Será que o amor é só dos amantes? Ou só na família? Existe uma forma certa de amar?

É isso que o autor nos faz: desconstrói todos os nossos conceitos e sentidos da palavra e ajuda-nos a construir novos.

Aborda o tema das mais variadas perspetivas mostrando que o amor não é tão linear quanto achamos que é. Mostra-nos que o amor é um comboio de momentos felizes e tristes, um conjunto de memórias de um passado distante, desejos para um futuro próximo, amores fervorosos, amores de adolescente, amores gastos pela rotina, amores platónicos, vividos e perdidos. Todos os tipos de amor são válidos e verdadeiros.

Não existe uma forma certa de amar. Ama-se e pronto. E ainda que o ato de amar seja pequeno "há sempre algo que nos puxa para as mais pequenas coisas do mundo, e são elas que nos fazem grandes, não é?" (p. 34), mas "há que esquecer o que não nos preenche." (p. 65) e "[acreditar que o] improvável é, provavelmente, a melhor decisão que podes tomar na vida." (p. 106).

Prometo Falhar mostra-nos que, ainda que o amor por vezes seja pequeno, doloroso e improvável, nos permitamos errar e admitamos que a falha não está apenas no outro e, muitas vezes, está em nós mesmos. Em nós que somos imperfeitos e estamos incessantemente em busca da perfeição.


"O amor acontece quando desistimos de ser perfeitos" - Pedro Chagas Freitas




Agora vem a grande pergunta: Gostei do livro?
Sim!

Eu confesso que quando via a divulgação dos textos achava que o livro tinha assim umas histórias "pescadas" aqui e ali e mesmo depois de ler continuo a achar, porém tem um fio condutor (o amor), o que o torna consistente do início ao fim.

Eu sou leitora de um género muito específico: ficção e, por isso, sou do mais esquisito que se pode encontrar quando se trata de livros deste tipo. Para gostar de um livro ele tem que me intrigar ou fazer viajar para mundos novos.

E neste livro não viajei. Não saí desta realidade, não vivi sensações e aventuras num mundo alternativo.  Neste livro, vagueei pelos cantos inexplorados da minha mente, desafiando as ideias pré-definidas do amor, os acasos vividos e os ainda por viver. 

Com este livro não saí do meu sofá, entrei na minha consciência. ;)



4 comentários:

  1. Ohh muito obrigado Brenda!! <3 Desculpa só ter respondido agora mas andei um pouco afastada do blogue :/ Mas estou de volta!
    Eu deixei de responder a Tags, mas muito obrigado por me indicares!!
    Parece-me bastante interessante o livro!

    http://photographybyvania.blogspot.pt/

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    1. Não tem qualquer problema ahah Ok :)
      O livro é muito fixe! Tens que ler ;)

      Beijinhos, Brenda

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  2. Não considero que seja um livro para se ler todo de uma vez, é mais para se ir lendo. Beijinhos.

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  3. Não considero que seja um livro para se ler todo de uma vez, é mais para se ir lendo. Beijinhos.

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