quarta-feira, 30 de maio de 2018

Cem anos de Solidão | Gabriel García Márquez

Em primeiro lugar gostaria de deixar claro que este é um livro de escrita difícil. 

Aviso isto desde já pois se me tivessem informado isto eu teria guardado esta leitura para depois (a.k.a para uma altura em que estivesse mais preparada para uma leitura deste tipo).


Acredito que muitas pessoas não vão gostar deste livro e a maior parte nem vai lê-lo todo.


Outra coisa que precisas de saber é: Todos se chamam Aureliano e José Arcadio Buéndia. É um constante teste de memória, por isso se estás no mood de puxar pelo cérebro ao máximo então este livro é para ti!

No meu caso, foi muito difícil acompanhar (a minha memória está péssima!) e dava por mim sempre a ir ver a árvore genealógica, que está no início da minha edição.

Nota: Para quem não tem uma edição com árvore genealógica, aconselho que faça um diagrama à medida que lê.



Solidão



Então, a história é sobre uma família que vive em Macondo, uma localidade fictícia, onde acontecem umas coisas muito estranhas mas que para quem lá vive são completamente normais.

Aprendi que esse estilo é conhecido como realismo mágico.

Neste livro não existe uma história com os típicos protagonistas, na verdade a família Buéndia é que é precisamente o centro de toda a trama, pelo que, é contado o percurso de todos os membros da família ao longo de 100 anos.

A particularidade é que Úrsula, casada com José Arcadio Buéndia (1ª geração), por ter vivido entre 115 e 122 anos, acompanha todas as gerações e podemos sempre entender muitas particularidades desta família enorme devido à sua observação sábia.

Não nego, muitas vezes pensei: "Mas porque raio ainda estou a ler este livro?"


Outras vezes dei por mim a rir de coisas completamente absurdas (impensáveis na minha realidade) e outras que me deixaram muito confusa mas que depois entendi que aconteciam pelo desejo inconsciente de solidão impregnado nos genes desta família.


🌳


Enquanto lês este livro não há espaço para a mínima distração. Eu que o diga, pois bastava distrair-me 1 milésimo de segundo ou ler um parágrafo distraída que tinha que reler tudo novamente.

E não pensem em deixar de ler o livro um dia ou dois porque perdem o fio à meada. 

O autor conta a história passando de narrador para narrador no mesmo "capítulo", pelo que é muito fácil nos perdermos caso deixemos de ler durante algum tempo.

A história é bonita? Sem dúvida! Mas este não é, de todo, o tipo de escrita que me agrade. A forma como a história é contada deixa-me extremamente aborrecida. Parece que nunca mais acaba!

E sei que isso se deve muito ao facto de não haver diálogo para "quebrar" os momentos descritivos.

E com isso, para mim existiram dois modos para ler este livro: 1) Se pensava que ia ler este livro para relaxar, enganei-me redondamente. Ia pegando de juízo! 2) Isto realmente ajuda a dormir (talvez fosse mesmo este o objetivo do autor, sei lá!).

Sei que é suposto gostarmos deste livro, pois é considerada uma obra-prima latino-americada, porém este não foi um dos meus livros favoritos (bem longe disso). Peço desculpa a todos os que amaram esta história, mas a partir do momento em que tive que me esforçar para ler o livro a história tornou-se bem difícil de ler.

Talvez se o ler num momento em que esteja mais aberta a este tipo de literatura o livro se torne mais interessante... Ou talvez seja só uma pessoa comum que não entende o significado da história.

Mas por agora dou 2 estrelas porque afinal o homem recebeu um Nobel caramba... Além disso, se há um ser com uma grande capacidade para escrever uma história como esta com tantos pormenores e personagens com nomes iguais e conseguir não se confundir, isso merece pelo menos mais uma estrela.

Classificação: ★★☆☆☆

Já lês-te este livro? Qual a tua opinião? Concordas comigo?

Aos que vão ler este livro, Deus esteja convosco.


quinta-feira, 24 de maio de 2018

Um Reino de Sonhos de Judith McNaught



McNaught


Não se trata apenas de mais um romance de época, este é O romance de época!

Que história incrível, senhooor!

No prólogo temos uma cena de um casamento, cujos noivos não sabemos quem são. Porém nota-se a hostilidade entre as duas famílias.

Somos então transportados para o que aconteceu até resultar naquele evento.

Neste livro temos a história de Jennifer Merrick, filha de um lendário guerreiro escocês, e Líder do Clã Merrick, que vive numa abadia por castigo do pai à 2 anos. Jennifer é independente, feminina e muito teimosa, pelo que tem características pouco usuais para o tempo em que esta história decorre (inícios de século XV).

Royce Westmoreland, o duque de Claymore, e tão afamado "Lobo Negro", é um soldado inglês com um historial de muitas batalhas vencidas contra os escoceses e um tanto de lendas assustadoras. Quando o seu irmão, Stefan, rapta as duas irmãs Merrick como possível moeda de troca, Royce vê-se com uma difícil tarefa em mãos. 

Jennifer é um pesadelo para qualquer soldado que a queira controlar! Como uma verdadeira Merrick, faz de tudo para se ver livre das garras "do Lobo".

E quando por decreto real são obrigados a casar, estes dois personagens, de lados opostos em uma guerra, têm que lidar com a situação o melhor que podem.

E aí Jennifer, que sempre procurou a aprovação do pai e do seu povo, tem uma tarefa difícil em mãos: jurar lealdade ao seu marido ou manter-se fiel ao seu clã.

🌳

Nota-se desde o início a empatia entre os dois personagens, que ao longo do tempo se transforma em amor, traições, desencontros, mal-entendidos, etc.

Mas caramba, nunca vi um personagem masculino com tanto charme (I'm so sorry Maxon Schreave)! 

Ela esperava violência do famoso Bárbaro, porém ele tratou-a melhor do que muita gente na sua vida. E daí começa a nascer um amor sem fronteiras, mas assombrado pela rivalidade entre os países.

Dava por mim a parar de ler para interiorizar as atitudes de Royce com a Jenny. E apesar do que podem supor, não houve momentos lamechas! NADA! Só sentimento de pura admiração e amor incondicional. E nisso, meus amigos, esta autora bate recordes!


O livro tem cenas de amor ardente, comédia e outras de ódio intenso alimentado pelo patriotismo.


Judith McNaught tem o dom de nos transportar para junto dos seus personagens, e mesmo quando o narrador omnipresente "mudava de ângulo" eu sentia a mudança automaticamente. Era como se o meu cérebro estivesse preparado e já soubesse a quem pertenciam aquelas palavras e atitudes, de tão características que eram.

Fiquei encantada com a escrita desta autora, por isso, mal tenha a oportunidade, vou comprar o segundo desta coleção (coleção Dinastia Westmoreland). Se bem que pelo que já ouvi dizer, como as histórias são independentes e com diferentes protagonistas podemos ler os livros sem qualquer ordem definida.

Edições Asa, aposta neste tipo de livros and I will give you my money.



Por fim gostaria de salientar ainda que a edição tem uma ótima qualidade, isto é, foi dos únicos livros que li em que a lombada e capa não ficaram com marcas nem dobras. Por isso conseguem perceber a qualidade da edição.


Classificação: ★★★★★ (5/5)


terça-feira, 22 de maio de 2018

4 séries que deveriam ser canceladas

1. Orange is the New Black


A série começou com um enredo bastante original. Repleta de episódios extremamente criativos, chegando até a ser cómicos. Na altura em que saiu, esta série destacou-se muito!

Porém, ao longo dos episódios da última temporada o descontentamento dos fãs foi inevitável. Foi uma temporada monótona que pareceu demorar séculos a terminar. Todavia, na última parte da temporada os produtores conseguiram voltar a puxar-nos para a história, mas ainda assim pergunto-me: Que raio vai acontecer agora? Vão ser todas separadas?

Well, ou a próxima temporada rebenta com as expectativas e volta a chamar os fãs ou é o definitivo downfall da série. Por isso, é melhor começarem a pensar num fim aceitável para OITNB em vez de continuarem a encher chouriços.




2. How to get away with murder


Não acredito que estou a incluir uma das minhas séries favoritas nesta categoria. Porém, vamos encarar a verdade: o enredo já está a ficar exaustivo.

Eles não conseguem viver as suas vidas e fazer o seu trabalho sem matar uma pessoa em todas as temporadas?

Vamos aceitar que esta série já teve o seu momento de brilhar, e apesar de amar a Viola Davis e adorar ver a Annalise em tribunal a transpirar poder por todos os poros, acredito que está na altura de terminar a série antes que se torne "mais do mesmo".



3. The Walking Dead


Estes já andam a encher chouriços há temporadas!

Eu não dava nada por Fear The Walking Dead, achei a primeira temporada fraquíssima, mas cara equipa de efeitos especiais de TWD MEXAM-SE! Fear TWD está a passar-vos bem à frente.

Efeitos especiais à parte, há que admitir que a história anda a ser sempre a mesma, apesar de num mundo apocalíptico as guerras serem também entre humanos, caramba, não acham que está a ficar demasiado? (aparentemente não, se não já tinha parado duuuh)



4. The 100



Esta é um pouco controversa! Apesar de eu AMAR esta série, acho que também está a ficar um pouco como The Walking Dead, no sentido em que a sobrevivência deixa de ser o foco e passa a ser a guerra entre humanos. Esta última temporada tem coisas originais, admito, porém se fizerem perdurar a história sempre nas mesmos linhas, o público irá acabar por se desinteressar. Por isso tenham isso em atenção e comecem a considerar um final digno, os fãs agradecem.




quinta-feira, 17 de maio de 2018

Home






Nunca te perguntaste o que é que faz o teu lar o teu LAR? O que faz a tua casa, ou outra coisa qualquer, fazer-te sentir que estás "em casa"?

Será a casa? O ar? As pessoas?

Será a comida, o lazer, o espaço?

Será o sentimento de conforto que "casa" te proporciona?

Ou será o local imaginário dentro do coração daqueles que amas?

Casa pode ser Portugal, Brasil ou Austrália. Casa pode ser uma mansão ou um pequeno casebre.

Mas duma coisa tenho a certeza, casa é aquele sítio que tu queres ficar, é aquele lugar que não te julga, não te aprisiona e, principalmente, onde és capaz de ser tu próprio.







Por isso é que recomendo muitíssimo o filme "Home" porque nos dá uma visão de como fazemos tudo para manter o nosso lar, mesmo que a casa esteja ao virar da esquina o nosso lar é onde se encontram as pessoas que mais amamos.

O filme Home é das melhores animações que já vi, e por isso um filme obrigatório para todos aqueles que reconhecem o significado do que é "estar em casa".


terça-feira, 15 de maio de 2018

O Milésimo Andar de Katharine McGee

No ano de 2118, Manhattan, uma cidade incrivelmente evoluída, cujo edifício icónico é agora uma Torre de Mil Andares. 

Toda a trama ocorre entre um grupo de jovens que vive na torre. Uns conhecem-se, uns são amigos inseparáveis, outros nunca se viram. Perante determinados acontecimentos, a vida de cada um vai mudando, até que um acontecimento os une a todos de uma forma que nunca mais esquecerão!





Na verdade conheci este livro pelas suas críticas no Goodreads, onde diziam que este livro era no estilo de Gossip Girl e resolvi espreitar.

As expectativas eram altas e acabei por me desiludir um pouco. Em primeiro lugar, porque achei uma boa parte do livro monótona. Parecia que a história nunca mais desenvolvia.

E quando realmente fiquei agarrada ao livro... Ele acabou.

Achei que a autora podia ter desenvolvido mais e feito capítulos mais condensados, isto é, saltitar menos de narrador em narrador e desenvolver efetivamente o enredo.

Achei bem confuso de início, um pouco porque comparava a Gossip Girl e tinha sempre em mente a questão "neste livro quem será quem?". Além disso como o livro tem muitos pormenores de ficção científica e saltitava de narrador em narrador, como já mencionei, acabava por me perder um pouco em quem era quem. Mas depois lá engrenei na história e acabei o livro num estalar de dedos.

Em relação à história em concreto, gostei MUITO! Aliás, gostei de tudo à exceção do "par romântico" (o amor proibido) no centro da trama... Dá um ar distinto ao livro, é certo, porém não me agradou. Achei bem desnecessário. Então eles eram irmãos, adoptados ok, mas andam desde pequenos a amar-se secretamente? Nada creepy...!

Em relação a todas as outras personagens gostei da forma como foram gradualmente crescendo e mudando. Deu um ar real, humano, a estas personagens futuristas.


É um livro ótimo para quem quer fazer detox, porém o início pode tornar-se confuso. 

Apesar de ser leve, a narrativa não teve um momento que me agarrasse ao livro (a não ser no último 1/3 do livro). Estou acostumada a livros que mesmo que me aborreçam em alguns capítulos, o autor(a) acaba por me "puxar" novamente  para a história, volta a fazer com que fique interessada. E neste caso foi bem perto do fim do livro.


O que me fez achar que este NÃO podia ser um livro único! Tinha que haver mais! E há! Mas não em Portugal ainda.

O que me faz suspirar de alívio! Poderei ler mais aventuras destas personagens e rezo para que a autora tenha trabalhado melhor o grande potencial desta história e feito os livros com uma narrativa com mais movimento.

E quem sabe, esta coleção não se torne na próxima Gossip Girl? ;)

Classificação: ★★★☆☆




quinta-feira, 10 de maio de 2018

A Guerra dos Deuses de Sílvia Arcipreste



Não existem palavras suficientes para caracterizar este livro. Nenhuma palava é suficiente para descrever esta obra-prima!

O livro está tão bem escrito, mas tão bem escrito que até me senti orgulhosa por haver uma escritora tão talentosa no meu país.

De uma forma resumida, e sem spoilers, o livro acompanha a aventura de Helena de Langara quando esta é escolhida na Eleição, para reencarnar a Deusa Ísis. Depois de uma vida no meio de pessoas que só lhe mostravam desprezo por ter nascido de olhos azuis, sinal de impureza no seu reino, Helena encontra finalmente o sítio ao qual pertence. Ou será que é precisamente o contrário? ;)

O livro é de outro mundo, a sério! Quando li a sinopse no site da editora fiquei encantada com a história, sabia a 100% que ia gostar deste livro. Não previ foi que ia ficar completamente rendida e lê-lo em menos de 24h. Não pousei o livro até descobrir qual o destino de Helena.

Confesso que a única coisa que estranhei foi a "linguagem" utilizada. O "voltai", o "minha senhora", etc., não estou habituada a ler livros cuja linguagem utilizada seja esta. Mas é como dizem "Primeiro estranha-se, depois entranha-se".

Seguramente o maior defeito deste livro é ser pequeno. Queria mais, muito mais! A história encantou-me demasiado para se ficar por um só livro!

Então Sílvia, o segundo livro é para quando? :D


Classificação: ★★★★☆

Nota: Este livro está em Português mas decidi escrever a resenha em inglês também porque acredito que um dia esta obra-prima vai ser internacional, por isso o melhor é já deixar publicada uma resenha em inglês.


terça-feira, 8 de maio de 2018

5 filmes para ver em família

1. Wonder / Extraordinário








Baseado no bestseller do New York Times, Wonder, o filme com o mesmo nome apresenta-nos a história de August (Auggie) Pullman. Por ter nascido com algumas diferenças faciais estudou sempre em casa, pelo que, pela primeira vez irá frequentar uma turma com mais crianças da sua idade. No meio de aventuras e desventuras Auggie fará amigos e transformará toda a comunidade à sua volta.

Esta é uma história incrível! Chorei baba e ranho a ver este filme. A estrutura foi bastante diferente daquilo que eu esperava, cativou-me muito mais! Por isso recomendo-vos este filme (e atenção, há também um livro ;) ).


2. Trolls





Uma comédia de animação inteligente e engraçada da DreamWorks. Este filme apresenta-nos um mundo extraordinariamente colorido com personagens super otimistas e capazes de levantar o ânimo até ao mais mal humorados dos humanos. Neste filme existem dois "lados", os Trolls, otimistas, felizes e eternos cantores, e os Bergens, pessimistas e que só são felizes com um Troll no estômago. É uma comédia cheia de aventuras musicais incríveis!

Recomendo MUUUUITO! Este filme deixa-nos com uma disposição incrível! Depois do filme continuei bem disposta e a cantar as músicas do filme.

O ideal para quem quer ver um filme relaxante e divertido num Domingo à tarde.


3. Miss Detetive / Miss Congeniality





Perante uma investigação do F.B.I., obtém-se a pista de que o próximo alvo de um serial killer é o concurso de beleza Miss Estados Unidos. Assim, colocaram a agente Gracie Hart, deselegante e completamente fora do "estilo" requerido nesse tipo de concursos, infiltrada.

Depois de uma transformação completa, Gracie entra no concurso como Miss New Jersey, em substituição da verdadeira concorrente que foi desclassificada, e assim começa a grande aventura no meio de vestidos, maquilhagem, amizades e "paz mundial".

Quase toda a gente deve conhecer este filme, porém deixo-vos a indicação porque continua a ser um dos meus preferidos. E mesmo que já tenham visto, um filme com a Sandra Bullock é sempre bom para ver e rever.


4. Milagre no Rio Hudson/ Sully




Baseado numa história verídica ocorrida a 15 de Janeiro de 2009, este filme conta-nos a história incrível do Capitão Chesley Sullenberger (Sully) que foi capaz de planar e aterrar o avião no Rio Hudson, salvando a vida de todos os passageiros. Depois disso, inicia-se uma profunda investigação sobre este incidente.

Vi este filme mal ele saiu nos cinemas e para quem viu a resenha que fiz aqui no blog sabe que gostei muito. Caso ainda não a tenhas lido clica AQUI.


5. A extraordinária vida de Timothy Green / The Odd Life of Timothy Green




O filme começa com a notícia de que Cindy e Jim Green não podem ter filhos. Com o sofrimento decidem fazer uma espécie de ritual de luto, em que escreveram em papelinhos aquilo que desejariam num filho e decidem enterrar esses papéis no quintal. No dia seguinte, depois de uma grande tempestade, por magia aparece-lhes uma criança com todas as características que eles tinham desejado. O pequeno rapaz, de nome Timothy, tem folhas a crescer nos seus tornozelos o que o torna ainda mais especial. Assim Cindy e Jim, que nunca tinham imaginado ser pais, aceitam o desafio de ser pais daquele rapaz.

Um filme que nos toca o coração, especialmente quando chega o Outono.



quinta-feira, 3 de maio de 2018

O fenómeno: A Rapariga no Comboio de Paula Hawkins



Um livro que está na wishlist desde o início de 2016 mas só agora o adquiri!

Estaria a mentir se vos dissesse que não o li por conta do seu sucesso mundial. A verdade é que foi toda essa fama me fez ficar curiosa e verificar se, de facto, era justificada.

E asseguro-vos, é bem justificada!


Não, não sabia quem era o culpado desde o início! Ao longo da história duvidei de toda a gente. A sério, parecia que eu estava a adquirir a mania da perseguição da Rachel. Comecei a desconfiar de tudo e todos!

Houve uma altura em que pensei "O que é isso senhor? Tou viciada!"


Li o livro em 2 dias! Admito que de início me aborreceu (I-MEN-SO) o facto de a Rachel beber tanto e não se lembrar das coisas. Mas realmente essa é a chave para toda a personalidade da personagem e o seu desfecho.

Uma das coisas que mais adorei neste livro foi a construção das personagens. Paula Hawkins conseguiu criar personagens que nem tinham tudo de bom nem tudo de mau, isto é, que conciliavam ambas as perspetivas nas suas ações.

Paula Hawkins criou personagens que são reais. Que não são de conto de fadas, que não são 100% más ou 100% boas. Estas personagens podiam ser nossas vizinhas!

Até porque todos nós podemos ter atitudes boas a maior parte do tempo e, ainda assim, errar! E isso não nos torna obrigatoriamente más pessoas. Só nos torna humanos.


Achei os detalhes da trama bem coerentes e todo o livro tinha um fio condutor fiável. A história ficou extremamente completa pelo facto de ter sido narrado com diferentes perspetivas. Senti que todos os ângulos foram abordados, foi uma história "cheia", não escapou nada, digamos assim.

Em suma, gostei muito muito do livro e é dos poucos a que dei 5* no meu Goodreads! Superou completamente as expectativas.