terça-feira, 4 de outubro de 2016

Filme: Milagre do Rio Hudson (Sully)

Trailer do filme

Em primeiro lugar, achei o trailer excecional, por isso quando soube que o filme tinha estreado em Portugal fiquei logo entusiasmada e não queria perder a oportunidade de vê-lo no grande ecrã.

Para quem não sabe, este filme baseia-se em uma história verídica na qual um avião em problemas foi forçado a aterrar no rio Hudson.

Ora, as expectativas eram altas, não só pela participação do Tom Hanks e Aaron Eckhart como também por ser dirigido pelo Clint Eastwood. 

E confesso: este filme não me desiludiu nem por um segundo!


Claro que o trailer engana um pouco, vamos com a ideia de que é um filme de ação, mas não é. Pelo menos não por completo.

A parte mais "calma", aborda algo que por vezes não é tão percetível pelo público numa situação de desastre: a atribuição de culpa.

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Às vezes é expectável pensar que os desastres acontecem e a culpa é de alguém, principalmente quando se trata de empresas que poderão ter uma grande repercussão da imprensa, dos próprios atingidos e, acima de tudo, uma grande perda económica.

O que acontece é que nestas profissões que envolvem vidas humanas o mínimo erro pode traduzir-se num desastre e em fatalidades. Neste filme, como seria de esperar tudo correu bem, mas nem sempre as coisas são tão lineares. Acredito que se aquele grande piloto com esta manobra tivesse perdido uma pessoa que fosse as consequências seriam outras.

Mas não perdeu e toda a questão do filme incide na ambição de uma campanhia que, embora veja o piloto ser aclamado como herói pelo povo, tenta culpá-lo de todas as formas possíveis.

Aquilo do qual se esquecem e que, na realidade destas áreas, ainda é esquecido é:

Ainda que com todos os dados e cálculos a intuição e factor humano são parâmetros que nunca se poderão calcular, mas que muitas vezes são os nossos melhores instrumentos na hora de tomar uma decisão.

Mas nem sempre se devem tomar decisões com base em algo tão subjetivo, aconteceu que neste caso ele teve sorte e conseguiu decidir com base nas necessidades do momento. 

Este filme faz pensar "E se fosse eu nesta situação?". Há quem possa pensar da perspetiva dos passageiros, outros do piloto, o que é certo é que é um filme que nos faz equacionar sobre decisões e sobre a forma como elas podem afetar os outros.

Classificação do Filme (0-10): 🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟 (8 estrelas)