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Aviso Legal: Este livro foi-me enviado pela autora em troca de uma resenha honesta. Todas as opiniões expressas nesta resenha são completamente minhas.
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"A thousand years in the future, the last of humanity live inside the walls of the totalitarian Kingdom of Cutta. The rich live in Anais, the capital city of Cutta, sheltered from the famine and disease which ravage the rest of the Kingdom. Yet riches and power only go so far, and even Anaitians can be executed. It is only by the will of the King that Nate Anteros, son of the King’s favourite, is spared from the gallows after openly dissenting. But when he’s released from prison, Nate disappears."
Num futuro pós-apocalíptico aquilo que resta do mundo faz parte do Reino de Cutta, um regime liderado pelo Rei Markas onde a liberdade e a história são dados como os dois aspetos destrutivos de uma sociedade.
Catherine Taenia é a filha do Carrasco do Rei. Kitty, como os mais próximos lhe chamam, sempre viveu uma vida confortável, privilegiada, e está prometida e enamorada de Thom Anteros, o rapaz que os pais escolheram para ela.
Nathaniel Anteros é o irmão mais velho de Thom e atreve-se a desafiar o sistema em que vive. Porém, embora tenha cometido traição ao Rei, por ser filho do favorito do soberano acabou por cumprir "apenas" uma pena de prisão. Ainda que Nate e Thom sejam muito próximos, mal Nate sai da prisão desaparece em direção às Outlands.
Até que um dia se mete em problemas e Catherine e Thom tentando socorrê-lo acabam por se colocar em maus lençóis.
Numa cena de fuga que nos deixa sem fôlego, Kitty e Nate são obrigados a atravessar as montanhas para se encontrarem com Thom, mas durante essa viagem algo acontece: uma estranha infeção apodera-se deles.
Kitty e Nate partem então em direção ao desconhecido, numa tentativa de descobrir uma cura para a doença que lhes provoca queimaduras intensas quando são tocados por outras pessoas e que está aos poucos a matar Nate.
Quando começamos a ler A Touch of Death, somos imediatamente apresentados a uma proclamação de uma monarquia onde a liberdade e a história são dados como os dois aspetos destrutivos de uma sociedade mostrando-nos que o enredo que se segue decorre depois de uma guerra mundial onde se assume que a liberdade e a história são os sacrifícios que temos que fazer para instalar a paz.
Se não há liberdade e se as pessoas não são informadas além do que o governo lhes permite, então não saberão como outrora se desafiou o sistema, certo?
Começamos o livro com duas cenas cheias de ação e fiquei imediatamente muito curiosa para saber que mundo é este, quem são esta Catherine e este Nate e porque fogem eles por uma montanha cheia de perigos.
Num género em que já é típico o enredo ser contado da perspetiva dos desafortunados que voluntaria ou involuntariamente decidem rebelar-se contra o sistema opressor, A Touch of Death traz-nos algo diferente: personagens privilegiadas, cada um do seu jeito, que, perante uma situação de desespero, têm agora que desafiar o sistema que os privilegia.
Rebecca Crunden estabelece o contraste entre a riqueza da elite e a pobreza e fome do resto da população com cenas muito bem desenvolvidas, o que torna esta história bastante completa. Achei que foi bastante diferente nesse sentido porque permitiu a discussão de ideologias e o crescimento das personagens é notório.
A autora não se limita a apresentar um mundo distópico com um romance em primeiro plano, como muitas distopias o fazem. Rebecca Crunden desenvolve, efetivamente, o mundo distópico que nos apresenta e envolve-nos completamente nele ao ponto de ficarmos agarrados ao livro para descobrir o que acontece com os protagonistas.
Todo o livro é uma aventura, uma sucessão de acontecimentos que não nos dão tempo de parar para criar teorias porque nem sabemos muito bem por onde começar a criá-las.
Um dos pontos menos bons do livro é que este não é dividido em capítulos (algo a que estou habituada) e sim dividido em cinco partes. Isso foi algo que logo à partida me dificultou, particularmente, a leitura porque eu sou a pessoa do "só mais um capítulo", então para mim é mais fácil pousar um livro quando ele não é dividido em capítulos mais pequenos. Além disso, senti que faltou um aumento de tensão antes de se atingir o clímax do enredo. Contudo, a desilusão passou-me rápido quando foi apresentada a "resolução" para os problemas das nossas personagens... Nunca imaginei que o livro terminasse desta forma!
Um dos pontos que mais me agradou neste livro foi a escrita elegante da autora. As informações essenciais são-nos passadas de forma muito subtil ao longo da narrativa e nota-se o talento nato da Rebecca para contar histórias.
Senti que este é o primeiro livro de uma série que tem muito para nos revelar. O final atou muitas pontas soltas, mas também desatou todo um conjunto de novas coisas que deixa o leitor ansioso pelo próximo volume.
Classificação: ★★★★☆ (4/5)
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"A thousand years in the future, the last of humanity live inside the walls of the totalitarian Kingdom of Cutta. The rich live in Anais, the capital city of Cutta, sheltered from the famine and disease which ravage the rest of the Kingdom. Yet riches and power only go so far, and even Anaitians can be executed. It is only by the will of the King that Nate Anteros, son of the King’s favourite, is spared from the gallows after openly dissenting. But when he’s released from prison, Nate disappears."
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