A história do feminismo vem de há muito, porém este movimento ganhou destaque recentemente pelo que surgiu quando as mulheres começaram a lutar pelos seus direitos na sociedade: direitos legais, direito à sua autonomia e à integridade do seu corpo, direito ao aborto e direitos reprodutivos, entre outros. Para além disso incluí a proteção de mulheres e crianças contra a violência doméstica, o assédio sexual e a violação. Claro que estes surgiram em defesa da mulher inicialmente, pois na maioria destes casos a vítima é do sexo feminino.
Segundo o APAV, em Portugal (no ano de 2016), 85% as vítimas de violência doméstica são do sexo feminino. Isto claro, de entre as estatísticas das quais se tem conhecimento.
E agora os "problematizadores" vão dizer "Ah, mas há homens que sofrem injustiças bla bla por isso também é preciso defendê-los" e eu respondo: Engana-se quem pensa que mulheres são as únicas que precisam de defender o feminismo! Tal como referido, este movimento não é só em prol da defesa dos direitos das mulheres e sim de ambos os géneros. O que acontece é que para haver igualdade, há que haver também equidade, isto é, critérios de justiça perante casos específicos.
O argumento que mais vejo feito por machistas (e sim, identifico por machistas porque quem ouço dizer demonstra efetivamente ser machista a todos os níveis) é que, por exemplo, se as mulheres querem os mesmos direitos também têm que ir trabalhar para as obras. Tudo ok, mas em que mundo é que um empregador que tenha que escolher entre um homem e uma mulher para o cargo, irá escolhê-la? Raramente! São muito poucos os casos e se é que os há.
Já para nem falar nas bocas e faltas de respeito a que as mulheres são sujeitas constantemente. O que vale é que isso já está a mudar um pouco, para ambos os lados. OS DOIS LADOS, leram bem? Porque não se justifica que se ande a lutar por direitos iguais quando há elementos do sexo feminino que também se acham no direito de assediar homens, por comentários em fotos por exemplo, faltando ao respeito pois se fossem "vocês" também não gostariam que vos faltassem ao respeito da mesma forma...
E depois vêm os homens dizer: Pois, se fôssemos nós a dizer isso era assédio, era machismo (entre outras coisas etc etc. E têm motivos para ficarem chateados... Por isso, vá meninas, comportem-se e tratem, seja quem for, de forma respeituosa. Feminismo é para os dois géneros.
E assim a luta continua! Porque há direitos que não se conquistaram ainda: como o direito aos salários iguais e outras formas de discriminação.
O argumento que mais vejo feito por machistas (e sim, identifico por machistas porque quem ouço dizer demonstra efetivamente ser machista a todos os níveis) é que, por exemplo, se as mulheres querem os mesmos direitos também têm que ir trabalhar para as obras. Tudo ok, mas em que mundo é que um empregador que tenha que escolher entre um homem e uma mulher para o cargo, irá escolhê-la? Raramente! São muito poucos os casos e se é que os há.
Já para nem falar nas bocas e faltas de respeito a que as mulheres são sujeitas constantemente. O que vale é que isso já está a mudar um pouco, para ambos os lados. OS DOIS LADOS, leram bem? Porque não se justifica que se ande a lutar por direitos iguais quando há elementos do sexo feminino que também se acham no direito de assediar homens, por comentários em fotos por exemplo, faltando ao respeito pois se fossem "vocês" também não gostariam que vos faltassem ao respeito da mesma forma...
E depois vêm os homens dizer: Pois, se fôssemos nós a dizer isso era assédio, era machismo (entre outras coisas etc etc. E têm motivos para ficarem chateados... Por isso, vá meninas, comportem-se e tratem, seja quem for, de forma respeituosa. Feminismo é para os dois géneros.
E no que é que o feminismo se tornou? Numa luta entre homens e mulheres de modo a defender "quem tem mais poder", quem sofre mais etc etc, quando apenas se trata de uma luta de direitos para ambos os sexos.
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E depois há mulheres que dizem que não são feministas... Não ser feminista é o mesmo que dizer "Não tenho e não quero direitos, prefiro viver à mercê dos outros e dos critérios que definirem que sou merecedora". Vêem o problema neste raciocínio? Pois!
O nosso destino deve estar nas nossas mãos e como tal devemos ter poder para decidir sobre ele.
Uma mulher não pode dizer que é moderna e dona de si se não for feminista.
E o pior de tudo é que, mesmo que se lute pelos direitos das mulheres como um todo há também que se lutar pelos direitos das minorias incluídas neste vasto grupo. Por exemplo, vivemos num mundo em que, embora se diga que não, a discriminação pelo tom de pele ainda existe, seja de que tom for. Ou seja, uma mulher de tom mais escuro, atualmente, ainda se encontra em desvantagem em relação a uma de pele mais clara.
E, por isso, lutando pela igualdade de direitos existe também esse direito em específico pelo qual se deve também lutar. Um canal que explica melhor sobre estas questões é, por exemplo, o Afros e Afins por Nátaly Neri que tem muitos vídeos que falam sobre estes temas. Cliquem aqui ou no nome para aceder ao canal dela. Conheci-a em um vídeo da Jout Jout, que podem ver em baixo, e recomendo a visualização caso tenham curiosidade.
Por ter visto algumas discussões nas redes sociais ultimamente é que me apeteceu fazer este post. Espero que tenham gostado e se não gostarem e quiserem problematizar estejam à vontade. Cá vos espero nos comentários (com argumentos válidos, claro!).
Termino com a citação de dois artigos da Declaração dos Direitos Humanos:
Artigo 1° Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Artigo 2° Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.