Estamos na altura em as decisões começam a ser definitivamente tomadas e as portas para o futuro que sonhamos estão abertas.
Se por um lado há os que acreditam que vão entrar na primeira opção, por outro há aqueles que apenas esperam entrar num dos cursos a que se candidataram para poderem prosseguir os seus estudos, ou simplesmente para pedir transferência para aquele curso que realmente querem.
Sei que por esta altura os nervos de uma nova etapa aumentam e, como universitária, já licenciada, e atualmente mestranda, sei que existem muitas dúvidas (ou melhor, questões existenciais) nesta fase e porque não esclarecer-vos pela perspetiva de quem já passou por isso? Vamos lá então:
"Escolhi este curso porque era o que os meus pais queriam."
O que não falta no ensino superior (e em outros locais, claro) são pessoas que seguem determinadas opções de carreira por influência dos pais.
Acho que não valia a pena dizer mas aqui vai: Não escolham determinado curso só porque é o que os vossos pais querem! Por muitos motivos isso vai dar errado. Conheço pessoas que foram obrigadas a ingressar num curso dito "com mais saída" ou simplesmente porque fica bem ser um(a) Senhor(a) Doutor(a) ou um(a) Senhor(a) Engenheiro(a) e só estão a queimar tempo da sua vida a estudar (ou não) algo que não gostam.
"Quem corre por gosto não cansa", mas acreditem que se já custa para quem gosta, imaginem para quem corre sem gostar...! Ou tem uma grande força de vontade para correr ou fica pelo caminho.
"Quem corre por gosto não cansa", mas acreditem que se já custa para quem gosta, imaginem para quem corre sem gostar...! Ou tem uma grande força de vontade para correr ou fica pelo caminho.
"Ah não fui para o curso que gostava porque não tem saída."
E qual é o curso que tem saída hoje em dia? Digam qual o curso que tem entrada direta para o mercado de trabalho que já quero ir fazer! Hoje em dia nada tem emprego garantido, é uma questão de sorte."E se afinal não gostar do curso que escolhi?"
Ao te candidatares a um curso a primeira coisa que deves fazer é ver o plano de estudos. Geralmente estes estão disponíveis nos portais online das universidades e a sua consulta é essencial.
Porquê? Por vezes os cursos têm um nome muito ambíguo e, como tal, só acedendo ao plano de estudos é que se consegue perceber que unidades curriculares vão ser leccionadas e se estão de acordo com as expectativas.
A probabilidade de gostares de tudo o que vai ser leccionado é quase nula, vais sempre desgostar de alguma coisa, porém desde que a maioria seja do teu agrado e sintas que aquela é a tua vocação é o que interessa.
De resto é ires vendo e adaptando-te. Honestamente, o primeiro semestre é sempre visto como um "bicho papão" mas depois de entrares no ritmo as coisas tornam-se menos assustadoras e com isso aquela primeira dúvida vai-se dissipando.
De resto é ires vendo e adaptando-te. Honestamente, o primeiro semestre é sempre visto como um "bicho papão" mas depois de entrares no ritmo as coisas tornam-se menos assustadoras e com isso aquela primeira dúvida vai-se dissipando.
"Não sei bem se é isto que quero para a minha vida."
Isto serve tanto para o ensino universitário como para qualquer outra coisa na tua vida. E vou-te contar um segredo: ninguém sabe! A sério, eu que acabei um curso que adorei não sei se foi a melhor escolha e se vou ter algum futuro na área. Nunca saberemos, por isso temos que nos esforçar ao máximo e esperar que tudo corra pelo melhor!
"Vale a pena fazer mestrado a seguir?"
Esta aqui já é para quem já pensava muito à frentex como eu. E a resposta é: depende. Depende das tuas possibilidades, da área que queres prosseguir, se te queres especializar ou não, etc. E depende acima de tudo da tua vontade para aprender mais, e nesse sentido não é apenas o mestrado que te dará mais conhecimentos, formações e workshops também te podem ensinar muito. Tudo depende das tuas perspetivas e objetivos de carreira.
E isso só saberás quando acabares porque muitos dos teus objetivos iniciais podem mudar durante o teu percurso.
E isso só saberás quando acabares porque muitos dos teus objetivos iniciais podem mudar durante o teu percurso.
E por fim: Escolham algo que vos apaixona e trabalhem por isso!
E isso vale para todas as áreas da vida. De que vale estar 3 ou mais anos da nossa vida a estudar algo que na realidade nem gostamos assim muito? Só porque tem "mais emprego"? Estamos em Portugal, digam-me em que área é que há trabalho garantido para o resto da vida.
Lembrem-se que escolher mal pode acontecer, mas não deve ser uma constante. Apesar de tudo, é preciso tentar sempre o nosso melhor e esforçarmos-nos para que os nossos objetivos sejam alcançados.
Espero que tenham gostado do post e que, acima de tudo, tenha-vos sido minimamente útil. Caso tenham algo a acrescentar digam-me nos comentários ;)