(Opinião em português abaixo)
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Disclaimer: I would like to thank the author for providing a digital copy of this book in exchange for an honest literary opinion.
This is a book that brings us the story of a 15-year-old boy who begins to have a feeling in his chest that he can't identify. This books is set in the 80s, but it could easily happen in the current years.
One of the things I liked most about this book was the fact that the protagonist doesn't have a name, which makes us feel closer to what he feels because, in fact, we, the readers, wear the shoes of the protagonist of this story.
We feel the pressure he feels to be perfect for his parents, to not be a disappointment, to want certain things and his confusion when it comes to teenage crushes.
But reading "This" was more complex than what I expected, as it reminded me of my journey discovering what the protagonist calls "this".
In "This" we have the discovery and knowledge of "this" feeling, but we are also allowed to understand the angle of the people close to us who are trying to understand what is going on and try to help. On the other hand, we also have the part of health professionals (which in this book should be called "not good professionals at all" or "they are everything but help").
And let me tell you… There are a lot of bad professionals out there...! And anyone who reads this book will certainly understand what I'm talking about, as any of us know an example of this or have heard about it from friends/acquaintances.
I felt that sometimes it was difficult to locate myself in the story, that is, I don't know if it was inattention at the beginning or if it was simply mentioned once and the country in which the story takes place was never mentioned again. It can be perceived that it is in the southern hemisphere (due to the seasons), but just as there was a great focus on the nationality of the protagonist's parents, I wish there had been more references throughout the story, especially because his parents want the older sister, Steph, to date a Greek boy, but then it's not clear whether they live in a community with many Greek emigrants.
Regardless, I enjoyed the book, but I can't shake the feeling that I expected more. I am fully aware that this is mainly due to the fact that I created an unrealistic expectation that I would be given a magical recipe to deal with anxiety when in fact the cure that was presented to me is one that, despite being one of the key points to win this inner battle, it is not always possible: to be understood by those around us.
We know very well that in real life understanding and support is something that is rare. People may say they understand, but not everyone actually has the ability (and patience) to actually understand. Furthermore, there are always those who think that because they don't feel anxiety on a given occasion, the other person has no reason to feel it either. They are the so-called golden rosemary who even tell others that they have to deal with the issues within themselves and go to therapy, but they don't recognize that if they went to therapy, maybe others wouldn't need to go...
Basically, this book not only tells us about anxiety, but also about expectations (those that we create and those that others create about us), friendship, companionship and empathy.
Opinião em Português:
"This" traz-nos a história de um rapaz de 15 anos que começa a ter uma sensação no seu peito que não consegue identificar. Esta é uma história passada nos anos 80, mas que podia muito bem acontecer nos anos que correm.
Uma das coisas que mais gostei neste livro foi o facto do protagonista não ter nome, o que nos faz sentir mais próximos com o que ele sente pois, na verdade, vestimos nós, leitores, a pele do protagonista da história.
Sentimos a pressão que ele sente em ser perfeito para os pais, em não ser uma desilusão, em desejar coisas e a sua confusão no que toca a paixonetas da adolescência.
Mas a leitura de "This" foi mais complexa do que aquilo que esperei ao entrar no livro, pois relembrou-me o meu percurso a descobrir o que era o que o protagonista chama de "isto".
Em This temos a descoberta e conhecimento d"isto", mas também nos é permitido perceber o ângulo das pessoas próximas que tentam perceber o que se passa e ajudar. Por outro lado, temos também a parte dos profissionais de saúde (que neste livro devia chamar-se "de profissional tem pouco" ou "tudo menos ajuda").
E deixem-me que vos diga... Há com cada mau profissional...! E seguramente quem ler este livro vai perceber do que falo, pois qualquer um de nós conhece um exemplo destes ou já ouviu falar de amigos/conhecidos.
Senti que por vezes era difícil localizar-me na história, isto é, não sei se foi desatenção no início ou se simplesmente foi indicada uma vez e nunca mais foi mencionado o país onde esta história decorre. Percebe-se que é no hemisfério sul (pelas estações do ano), mas tal como houve um grande foco na nacionalidade dos pais do protagonista, gostava que tivesse existido ao longo da história mais referências. Até porque os pais querem que a irmã mais velha, Steph, namore com um rapaz grego, mas depois não é claro se eles vivem numa comunidade com muitos emigrantes gregos.
Independentemente disso, gostei do livro, mas não consigo abanar a sensação de que esperava mais. Tenho a plena consciência que isso se deve maioritariamente ao facto de ter criado uma expectativa irrealista de que me ia ser dada uma receita mágica para lidar com a ansiedade quando na verdade a cura que me foi apresentada é aquela que, apesar de ser um dos pontos chave para vencer esta batalha interior, nem sempre é possível: ser compreendido pelos que nos rodeiam.
Bem sabemos que na vida real a compreensão e apoio é algo que é raro. As pessoas podem dizer que entendem, mas nem toda a gente realmente tem a capacidade (e paciência) de compreender. Além disso, há sempre os que acham que por não sentirem ansiedade em determinada ocasião a outra pessoa também não tem motivos para sentir. São os chamados alecrins dourados que inclusive dizem aos outros que têm que tratar das questões dentro de si e irem para a terapia, mas não reconhecem que se fossem eles para a terapia talvez os outros não precisassem de ir…
No fundo este livro não só fala-nos de ansiedade, como também de expectativas (as que criamos e as que os outros criam sobre nós), amizade, companheirismo e empatia.
Nota legal: Agradeço ao autor pela cedência de cópia digital deste livro em troca de uma opinião literária honesta.