domingo, 20 de dezembro de 2015

Somos folhas a dançar ao vento



O Outono está a acabar mas não é por isso que deixamos de ser como folhas a dançar ao vento.

Andamos, vivemos, aprendemos... ou talvez não. Uns de nós são folhas caducas, outros folhas persistentes.  A vida é um rodopio, um baile que nunca pára e nós somos como folhas a dançar na loucura deste mundo. Somos folhas a rodopiar na árvore da vida. 

A certa altura todos caímos, sejamos persistentes ou caducas. Uns perduram por mais tempo, ficam fortes, seguros àquela oportunidade, e outros... bem nesses outros está na sua natureza cair. Porém muitos destes não se limitam a cair, pensam que com a sua queda estão no seu direito de levar quem bem entenderem. Para essas folhas custa a crer que existem pessoas destinadas a manterem-se naquele sítio, naquele caminho.

Existem folhas que estão ali o ano inteiro, que merecem o seu lugar na grande árvore. Que merecem sucesso de perdurar mais um segundo, mais uma hora, mais algum tempo naquele sucesso.

Infelizmente, algumas folhas caducas desanimadas ao caírem não reconhecem isso... Não culpam a sua qualidade ou falta de trabalho. Pensam sim que a culpa foi do dançar ao vento das outras folhas que as deitou abaixo. Não sabem fazer outra coisa se não meter as culpas nos outros, seja por outros dançarem de menos ao vento, seja por dançarem de mais.



E se alguém quiser agarrar-te para caíres? E se alguém te quiser ver cair...? Se alguém tiver algo contra ti sem que saibas o quê, por bailares ao vento e não interromperes o bailado destinado a elas, ignora. Ignora porque nada mais poderá ser se não inveja, por não serem capazes e tu seres. Angústia de quem não sabe lidar com as tuas capacidades que te fazem ter sucesso.

E quando atacarem a tua personalidade? Ignora. Gente dessa nada sabe sobre ti, apenas sabe que és fantástica(o) e que te quer tirar isso.

E sabes como sei que és assim? Ninguém inveja algo desinteressante e que não valha a pena. Ninguém inveja um cato... Ninguém inveja uma folha por esta ser castanha e amassada. Ninguém tem desgosto pelo bem alheio em vão, por algo que não valha a pena, que seja mau e pouco sucedido.

Serás sempre mais sucedido que alguém. É um facto. E serás também menos sucedido que outros. É a hierarquia da vida. A diferença é como reages a isso: se decides criticar pelas costas ou ser feliz pela pessoa e trabalhar pelo teu próprio sucesso.

Sê a folha que mesmo nas adversidades continua ali, a balançar com o vento sem tencionar cair. Sê a folha que prevalece firme a cada tempestade, a cada obstáculo, sempre em direção à felicidade e não deixes que usem todos os meios que tiverem para te ver cair. Não deixes que as folhas se reúnam à tua volta para agarrar-te e fazer-te cair.

Porque por muito que te pareça acolhedora a aproximação das folhas, esta "amizade", nunca te deixes ir, nunca confies com facilidade. Dá tempo ao tempo, pois mais cedo ou mais tarde descobrirás o verdadeiro objetivo de se agarrarem a ti: se por amizade verdadeira, se por quererem estar presas a ti quando caírem, para poder levar-te com elas. 








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