quarta-feira, 29 de novembro de 2017

À procura de Alaska de John Green


À procura de Alaska é uma história que prende desde a primeira página.

Conta a história de Miles que decidiu ir para um colégio interno, Curver Creek, à procura da Grande Incógnita. Miles tem o desejo de conhecer a vida além da sua cidade, do seu praticamente inexistente grupo de amigos e deseja viver aventuras em prol da descoberta da Incógnita.

É fascinado por últimas palavras e, desde a primeira vez que os seus olhos incidiram nela, por Alaska.

Alaska é a personagem mais incrível que tive a honra de conhecer através da leitura. É extremamente cativante, entusiasta e inteligente. Também é meia doida, mas os doidos são os melhores não é? ;)

Gostei muito da forma como o livro dá primeiro a conhecer o Miles, e fundamenta o que o torna a pessoa que é, e só depois introduz a Alaska. Precisamente para que no "Depois" consigamos ver um Miles que se mantém inteiro com os acontecimentos, isto é, ele continua a ser uma pessoa, ou seja, não é daquelas personagens que só importa porque está ancorada em outra. Miles, mesmo sem Alaska, é Miles! E gostei bastante desse ponto.

"Ele - o Simón Bolívar - ficou abalado pela avassaladora revelação de que a corrida impetuosa entre os seus azares e os seus sonhos estava naquele momento a atingir a linha da meta. O resto era obscuridade. "Que diabo", suspirou. "Como é que alguma vez haverei de sair deste labirinto?"

Foi o primeiro livro que li deste autor e devo dizer: Desgraçaste-me o psicológico John Green!

Este autor escreve de uma forma extremamente fluída, gostei mesmo muito!

Chorei baba e ranho na segunda parte do livro TODA. TODINHA MESMO! Se houve 2 páginas que não chorei já foi um milagre.

É um livro incrível e que eu não sabia que tinha de ler até o ler e pensar: Este é um livro que me mudou, se não o lesse com certeza a minha vida não ficaria completa. 

Por isso recomendo muitíssimo. Este é sem dúvida um livro que toda a gente devia ler pelo menos uma vez na vida.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Era uma vez uma gastroenterite


Para quem é universitário comer mal já é hábito, beber pouca água também e o resultado é o nosso sistema imunitário ficar fraco.

Ora há um meses apanhei daquelas gastroenterites bonitas e fui fazer uma visita ao serviço de urgências do hospital.

Foram "apenas" 24h no hospital, mas bastou isso para me deparar com um tanto de situações curiosas que espero não vir a presenciar nem tão cedo.

Pelo meio de uma ala de urgências pilhada de doentes e funcionários do hospital, adolescentes embriagados, mães em desespero e um tarado na sala de inalação a olhar fixamente para mim enquanto eu ardia de febre, a pior das situações aconteceu na cama ao meu lado.

Então foi assim:

Uma senhora de idade, com quem já tinha tido a oportunidade de trocar alguns dedos de conversa durante a sua longa espera, já tinha sido transferida 2 vezes, com grandes intervalos de tempo, e até ali ninguém a tinha observado ainda. Ora, depois de algum tempo, uma médica veio finalmente avaliar a situação da senhora, falou com a funcionária do lar que a tinha vindo acompanhar e pediu que chamassem um membro da família. Aparentemente, a pessoa já se encontrava no hospital porque pouco depois apareceu por lá. Passou por nós e a senhora disse "Filha, vieste ver-me, dá-me um abraço!" (tom de voz emocionado) Ao que a "filha" responde "Não te vim ver! Vim falar com a médica!" E passou sempre para a frente, sem parar para olhar a mãe por 2 segundos...

Olhem, eu já estava doente, com febre e a vomitar até às tripas e assistir a tal atitude de desprezo... Vou-vos contar... Se eu tivesse forças tinha ido dar chapadas no focinho daquela mulher até ela ir dar atenção à senhora doente!

E como se não bastasse o desprezo da filha, ainda que se saiba que no serviço de urgência é muito difícil dar conta disso e que não é propriamente um hotel em que se sirvam excelentes refeições, ela esteve até à noite sem comer. Resumindo, ela entrou por volta do meio dia e pelas 7 da noite é que lhe deram um chá e umas bolachas de água e sal.

Entretanto fui transferida e deixei de a ver, não sei como a senhora ficou, mas pensemos: Quantos de nós gostaríamos de ser tratados desta forma quando chegamos a uma certa idade? Lembrem-se que os mais velhos não são apenas frágeis fisicamente, são também a nível emocional.

E tal como cuidaram de nós quando éramos pequenos, temos nós agora o dever de cuidar deles quando eles regressarem a esta segunda infância repleta de histórias e sabedoria.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

4 Sugestões de livros para oferecer este Natal

Aproximando-se as promoções loucas da Black Friday não podia deixar de vos dar algumas sugestões de livros que podem oferecer neste natal:

1. Histórias de Adormecer para Raparigas Rebeldes

de Elena Favilli
Editor: Nuvem de Tinta

Sinopse:
Com estas Histórias de adormecer para raparigas rebeldes, as raparigas mais apaixonadas, independentes e decididas poderão adormecer embaladas pelas histórias de vida inspiradoras de 100 mulheres que mudaram o mundo. Com a sua inteligência e determinação, estas mulheres extraordinárias ficaram na história da Humanidade por terem tido a audácia de sonharem com um mundo onde o género não define fronteiras e onde ser mulher é ter uma voz e a força necessária para a erguer.
Do talento de Frida Kahlo à liderança de Cleópatra, passando pelo activismo de Malala e pelo génio visionário de Ada Lovelace, estas são as vidas que entusiasmam raparigas no mundo inteiro e nos reforçam a esperança num mundo mais justo, igualitário e belo.

Um livro que mostra aos mais pequenos que as raparigas são capazes de fazer coisas extraordinárias. É um livro para pequenos e graúdos.

2. Tudo, Tudo... e Nós

de Nicola Yoon


Editor: Editorial Presença

Sinopse:
Madeline Whittier observa o mundo pela janela. Tem uma doença rara que a impede de sair de casa. Apesar disso, Maddy leva uma vida tranquila na companhia da mãe e da sua enfermeira - até ao dia em que Olly, um rapaz vestido de preto, se muda para a casa ao lado e os seus olhares se cruzam pela primeira vez. De repente, torna-se impossível para Maddy voltar à velha rotina e ignorar o fascínio do exterior - mesmo que isso ponha a sua vida em risco. Nicola Yoon escreveu um livro comovente com uma mensagem para leitores de todas as idades.


Confesso que conheci este livro pelo seu filme (Everything, Everything). E incrível como a história é no filme, e sabendo que os livros são sempre melhores que as adaptações, acredito que este livro deve ser 5*!

3. Mil Vezes Adeus 

de John Green

Editor: Edições ASA

Sinopse:  
Não era intenção de Aza, uma jovem de dezasseis anos, investigar o enigmático desaparecimento do bilionário Russell Pickett. Mas estão em jogo uma recompensa de cem mil dólares e a vontade da sua melhor amiga Daisy, que se sente fascinada pelo mistério. Juntas, irão transpor a distância (tão curta, e no entanto tão vasta) que as separa de Davis, o filho do desaparecido. Mas Aza debate-se também com as suas batalhas interiores. Por mais que tente ser uma boa filha, amiga, aluna, e quiçá detetive, tem de lidar diariamente com as suas penosas e asfixiantes «espirais de pensamentos». Como pode ser uma boa amiga se está constantemente a pôr entraves às aventuras que lhe surgem no caminho? Como pode ser uma boa filha se é incapaz de exprimir o que sente à mãe? Como pode ser uma boa namorada se, em vez de desfrutar de um beijo, só consegue pensar nos milhões de bactérias que as suas bocas partilham?

Li recentemente um livro deste autor e estou fascinada com a sua escrita. Como tal, não poderia deixar de vos recomendar este livro! 

E olhem, este romance está acabadinho de sair do forno (publicado em Novembro de 2017)! Não percam a oportunidade de o ler!

4. O Caderno das Piadas Secas

de Pedro Pinto, João Ramalhinho e Gonçalo Castro


Editor: Manuscrito

Sinopse:  
Tem um copo de água à mão? Não? Então vá buscar… e vamos a isso! Numa entrevista de emprego: - Qual é a sua maior qualidade? - Sou rapidíssimo a fazer contas de cabeça. - A sério? Quanto é 77 × 269? - 43. - Ui, nem lá perto. - Sim, mas fui rápido. - Vou dormir, amo-te. - Eu também. - Também me amas? - Também vou dormir. - Conheces a piada do palerma que ficou à espera? - Não, diz. - Amanhã conto-te. Dos autores da página de Facebook «O Sagrado Caderno das Piadas Secas», com mais de 190 mil seguidores, esta obra-prima (ou será obra-sobrinha?) reúne 500 tentativas (muito secas) de ter graça. Vai ser de chorar e rir por mais….

Este eu já ando de olho à algum tempo, mas como não é um livro prioritário acaba sempre por ser ultrapassado por outros na lista de desejos. Como é um livro engraçado, acredito que é uma ótima prenda para quem aprecia dar umas boas gargalhadas.

Nota: Há livrarias que costumam ter os primeiros capítulos dos livros disponíveis e, por isso, dá para ler algumas páginas antes de os comprarmos. O pior (ou melhor dependendo da perspetiva) é que os capítulos disponíveis geralmente param numa parte que nos deixa o apetite para ler mais.

Por isso caso tenham curiosidade recomendo-vos lerem o que está disponível, na Wook, por exemplo, ou então entreguem-se à (boa) loucura de comprar livros sem saber o que vos espera. ;)

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Carta à minha amiga trouxa

trou·xa do espanhol troja (s.f)
[Informal] Que ou quem é facilmente enganado (ex.: ela não é tão trouxa assim; enganámos os trouxas). = OTÁRIO


Querida amiga trouxa,

Quando começares a ler o texto vais pensar: "eita será que sou eu?" E a resposta é: ÉS, SIM SENHORA!

A Dua Lipa diz:

One: Don't pick up the phone, You know he's only calling 'Cause he's drunk and alone.

Vejo-te lutar contra as adversidades da vida, vejo-te trabalhar arduamente e vejo o teu esforço que nunca é valorizado. Vejo-te ultrapassar todos os obstáculos que o destino coloca no teu caminho com uma facilidade incrível, com uma força interior que eu nem sei onde foste buscar. Vejo-te ser uma Mulher-Maravilha! E é por isso que fico triste quando não és capaz de te livrar quando alguém te faz mal. Não uma, não duas, mas centenas de vezes... Quando apesar de tudo tu continuas aí, sempre disponível.

Para ele... que não te merece...

Ele têm-te tanto na mão que chega até a ser abusivo. Chama-te quando quer, envia-te mensagem quando quer, ignora-te quando quer... tudo quando ele quer!

Sabe deixar-te bem ansiosa, na expectativa de finalmente receberes uma resposta à sms que mandaste no dia anterior, ou quem sabe há 4 dias.

Depois ele fala um "bom dia, como estás?" e tudo volta ao normal, porque esperavas esse "como estás" para saberes que ele se preocupa contigo... Mas não preocupa. Ele só está à espera que lhe digas "bem e tu?" para que te possa falar dos seus problemas e sentir que é apoiado e ouvido... E a ti, ele apoia-te?



Two: Don't let him in, You have to kick him out again.


Depois vêm as discussões e ele faz-te sentir culpada porque talvez sejas tu que não falas o suficiente, talvez sejas tu que não és carinhosa o suficiente, ou talvez sejas tu que não és paciente o suficiente... É só exigir, exigir, exigir!

Parece que para ele tu nunca serás suficiente... Porque na verdade para uma pessoa como ele tu nunca serás suficiente... nunca... 

E assim a culpa entranha-se no teu coração, na tua cabeça, por baixo da tua pele...

Custa-me sabes? Custa-me que tenhas de passar por isto. Custa-me aconselhar-te, tentar pôr-te juízo na cabeça e ver que ele te dá a volta no segundo que te trata bem.

Porque apesar de dizeres que não te dá a volta, e apesar ficares fria com ele, a realidade é que há sempre aquela esperança. Há sempre aquele demónio dentro de ti que diz "vai atrás dele".

E tu vais. E voltas a ir. E vais mais 2, 10, 300 mil vezes se for preciso. Tudo para não te sentires culpada por não tentar, tudo para que o que sentes por ele valha a pena.

Ele até de repente pode mostrar que se importa e agir como tal, pode até correr atrás, mas é chuva de pouca dura! Porque quem não corre por gosto cansa-se. E ele vai acabar por se cansar eventualmente...


Three: Don't be his friend, You know you're gonna wake up in his bed in the mornin', And if you're under him, You ain't getting over him."

Sabes que quando falam "como amigos", ele na verdade quer que lhe continues a alimentar o ego. Ele não é capaz de sair da sua bolha de perfeição para te tratar como a pessoa linda e incrível que és. Da pessoa que também merece palavras de apoio nos dias menos bons.

Porque tu, minha amiga, és fantástica e não deves sentir-te menos que isso. Não deves deixar que homem nenhum te faça sentir menos que isso, aliás, que ninguém, pessoa alguma, te faça sentir menos que isso.

"I got new rules, I count 'em, I gotta tell them to myself." 

Lembra-te destas regras e conta-as vezes e vezes sem conta a ti própria até te convenceres que é o melhor.

Por isso ATINA MULHER! Apaga o número, remove amizade das redes sociais e vai viver a felicidade a que estás destinada.

*Esta carta é dirigida à minha melhor amiga (que espero que tome juízo) e a todas as melhores amigas por aí que nós tanto adoramos mas que têm vocação para fazer papel de trouxa.

P.S- Ao namorado, "amigo" ou whatever da minha melhor amiga, bem a ti só te tenho a dizer: GO FUCK YOURSELF ASSHOLE (digo em inglês porque fica mais chique). E só espero que o que fazes aos outros retorne a ti em dobro. Beijinho no ombro.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Bullet Journal | Dezembro

Mês de Dezembro. Natal.

O verde e vermelho invadem as ruas e os anúncios televisivos e, como tal, no meu bullet de Dezembro estas cores não poderiam faltar.

A capa consiste num conjunto de luzes em volta do mês e alguns doodles de árvores de natal e azevinho.

Em relação ao daily log, optei por fazer um layout em que os dias eram representados por bolas de natal. Completei as páginas com alguns pormenores como uma lista ao pai natal e doodles (meias, doces, azevinho, etc).

Além disso, só na fase de edição do vídeo, ou seja depois de já ter elaborado o bullet, é que reparei que tinha cometido um erro na indicação dos dias da semana, pelo que depois tive de solucionar usando fita decorativa prateada, como podem ver na foto:


(Porque um bullet journal não é isente de imperfeições)

Adicionei uma página para enumerar as minhas músicas de natal preferidas, uma lista de presentes a oferecer e uma com as coisas que adoro fazer nesta época.

Por fim, deixei uma folha para escrever um resumo do ano de 2017 em que pretendo fazer um apanhado geral do meu ano e entender se realmente cumpri as metas que pretendia alcançar ao longo deste ano.

E pronto, assim ficou o meu bullet journal: