quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Freedom?


Vi este sapatinho de bebé junto de uma ribeira. Por algum motivo achei digno de registo.

Achei poético. Uma poesia triste, mas poesia...

Mas agora digam-me, é poético existirem milhares destes pelo mundo? Pela fome, pelos desastres cada vez mais frequentes, pela guerra... Por negligência!?

Negligência nossa para com as próximas gerações que irão habitar num mundo que hoje destruímos, seja por lutas pelo poder, dinheiro, território... Por querer tão orgulhosamente marcar um lugar na história.

Porquê ser inesquecível quando o que mais se vai querer apagar da história é a inutilidade evolutiva e estupidez destas décadas?

Seres que morrem, e matam cada vez mais, que espalham o preconceito e a violência, que olham para o próximo como se ele não tivesse valor.

Que não estendem a mão a quem precisa.

Até quando temos que ver "crianças mortas a dar à costa" e sapatinhos sem par perdidos por aí para mudarmos o nosso pensamento, o nosso rumo? Quantas vezes precisamos de rever a história para perceber que um dia todos morremos e a única coisa que deixamos é a herança do nosso amor pelo mundo e pelas pessoas com quem nos cruzamos, que o que deixamos são os sorrisos e a valorização até de simples ato bondoso?

Dizem que somos livres... Depende da perspetiva, depende do país onde nascemos, depende da sorte que tivermos, depende...!


sábado, 4 de fevereiro de 2017

Somos planetas. Somos asteróides. Somos...



Todos somos parte de um universo. Todos giramos em volta de uma motivação.

Todos nós temos um sonho.

Somos planetas. Somos asteróides. Somos cometas.

Somos regidos por sóis. Sóis amarelos, vermelhos... Somos regidos por uma força que nos faz gravitar.

E se o nosso sol, o nosso centro gravitacional for destruído? E se o nosso sol, a força externa que nos move desaparecer? Ficamos sem motivação? Entramos num buraco negro?






Há quem diga que um buraco negro não nos pode sugar para sempre. Que a certa altura saímos em algum lado... em alguma dimensão.

Por vezes podemos estar sem motivação, sem rumo. Por vezes as coisas desaparecem da nossa vida... mas sabes que mais? Elas por vezes desaparecem para que possam aparecer outras melhores.

Tem sempre presente que um dia voltarás a ser um novo ser, terás um novo recomeço, terás novos sonhos.

O que importa seres um asteróide, um planeta desagregado? Um dia chocarás com algo e farás parte de algo. Um dia vais ser um ser inteiro, basta acreditares.

E toda a matéria de que és feito só te tornará ainda mais único. E especial no universo.

Não te sintas perdido sem um sol, pensa que um dia poderás brilhar tu e ser tu a tua própria motivação.

Um dia podes ser tu o teu sol.

Brenda Cabral
(04-02-2017)