Apesar de não ter olhado para o público sei que havia quem fingisse que gostava do que eu fazia, sei que havia quem rezasse para que eu caí-se e também sei que havia pessoas que não tiravam os olhos de mim, que temiam pestanejar e perder algum dos meus movimentos. Caí, tal como queria a maior parte dos que me observavam. Caí com uma suavidade tal que parecia a queda de um anjo. Pareceu ter sido a queda emocional da personagem, não a minha. Improvisei, fingi que fazia parte da coreografia, parte da história daquele "outro eu" que habitava dentro de mim. Ninguém reparou... O bailado continuou e não é por ter caído que desanimei. Continuei a dançar com determinação. Quando o bailado acabou vim para casa realmente satisfeita. O importante não foi ter caído, mas sim ter improvisado. É isso que nos torna únicos neste "novo mundo".
Aquele que tem a capacidade de improvisar, de agir sem seguir o "manual de instruções" é aquele que é louvado, que tem carácter individual.
Sou uma pessoa, não um robô.
Brenda Cabral :)
(9-01-2013)
(9-01-2013)
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