domingo, 14 de fevereiro de 2016

O dia em que me apercebi que estava em falta



O dia em que me apercebi que eu estava em falta foi o pior dia da minha vida. 

Então sorri, comi sem olhar à quantidade, vi o bom nas outras pessoas, andei por sítios improváveis e parei para ver bem a pessoa que estava à frente do espelho.

E sabes o que me apercebi? Que esta pessoa há muito abandonada no meu íntimo, esta pessoa que há muito deixou de sorrir, esta pessoa que há muito foi abandonada... Esta pessoa não merece o que lhe ando a fazer.

E percebi que para não me voltar a abandonar, tenho que te abandonar a ti.

Para sermos dois, temos que ser um primeiro. E eu não sou. Perdi-me pelo caminho, pelas escolhas, pelos erros.

Só lamento ter-me apercebido disso tarde. Só agora tive força. Aliás, só agora reconheço a minha força. 

E sabes que mais? Estou-me a encontrar. Cada segundo que passo sem ti, cada sorriso que dou sem o motivo seres tu, a cada expiração liberto um pouco de ti… Como um fumo que me intoxica e que eu agora liberto do meu organismo.

A cada milésimo de segundo deixas de fazer parte de mim e isso alivia-me de certa forma. Não porque não te amei, sabes bem que a certa altura foste os meus pilares, mas porque estou a voltar a ser quem era. Sem amarras, sem palavras que me levam para trás. Estou aliviada por voltar a ser eu própria os pilares da minha vida e sobretudo da minha felicidade. 

Esperanças? Ainda tenho. Arrependimentos? Também. Talvez devesse ter insistido mais? Talvez... Mas resolvi amar-me, em vez de te amar a ti. E garanto-te, não há nada que substituía a sensação de ter amor próprio.

Feliz dia do amor próprio (hoje e todos os dias do ano) :)

(Já tinha saudades de escrever um dos meus textos à la início do blog com uma música como inspiração! ahah)







2 comentários:

  1. Aguenta, coração! Aqui a chorona deixou cair umas quantas lágrimas! Hahah
    Adorei, Brenda. Adorei <3

    http://prologuesepilogues.blogspot.com/

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